sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Contribuinte deve se preparar para pagar mais IR em 2011.

Não está prevista nova correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 2011. O compromisso do governo de reajustar a tabela do IR para compensar parte das perdas provocadas pela inflação termina em 2010. O benefício foi criado em 2007. Durou quatro anos.

“Isso vai significar desembolsos mais elevados para o Fisco pelos contribuintes e é certo que haverá fortes pressões sobre o Ministério da Fazenda pela prorrogação da correção da tabela”, afirma o contabilista Glauco Pinheiro da Cruz, do Grupo Candinho Assessoria Contábil.

O Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal calcula que, apesar das correções dos últimos quatro anos, ainda persiste na tabela do IR uma defasagem de 64,1% em relação a 1995.

O assunto foi pouco discutido durante a campanha eleitoral e deve agora ser analisado pela equipe que está cuidando da transição para o governo de Dilma Rousseff. A área econômica do governo não descartou até agora uma prorrogação do reajuste, mas há uma grande pressão pelo controle de gastos e eliminação de qualquer renúncia fiscal.

Durante os últimos quatro anos, a correção anual da tabela em 4,5%, além da criação de duas novas alíquotas, de 7,5% e 22,5%, representou em renúncia de arrecadação de aproximadamente R$ 5 bilhões.

A tabela em vigor estabelece que as pessoas com rendimentos até R$ 1.499,15 são isentas da tributação do IR. Acima deste valor até R$ 2.246,75, a renda é tributada em 7,5%. De R$ 2.246,76 a R$ 2.997,70, a alíquota sobe para 15%. Para os que recebem uma renda entre R$ 2.995,71 e R$ 3.743,19, o percentual é de 22,5%. Para aqueles com ganhos acima de R$ 3.743,10, a alíquota é de 27,5%.

Fonte: Canal Executivo.

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