O Rio de Janeiro já enfrenta gargalos na rede hoteleira. Em setembro e outubro, a cidade registrou taxas de ocupação superiores a 80%, o maior patamar em dez anos.
A escolha do Rio para sediar a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016 aumentou a exposição da cidade. Dados do Rio Convention & Visitors Bureau indicam que a cidade encerrará o ano com mais de 200 eventos, o maior patamar desde o ano 2000.
Paulo Senise, do Rio Convention, destaca que nem mesmo o real valorizado tem reduzido o interesse de organizadores de eventos.
"O Rio tem um limitador, não é possível hoje fazer dois grandes eventos ao mesmo tempo", diz Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio).
Para o Ano Novo, as reservas já ultrapassam os 85%. O governador do Rio, Sérgio Cabral, classificou a situação como um "doce problema".
Exemplos recentes do movimento de consolidação do setor incluem a aquisição do hotel JW Marriott pela americana Host Hotels & Resorts e a compra do Sofitel pela BHG, braço hoteleiro da GP Investimentos. Os dois hotéis ficam em Copacabana, um dos locais mais disputados pelos investidores.
ADAPTAÇÃO
Lopes afirma que não há risco de "overbooking", mas que o turista pode ter de recorrer a cidades próximas, como Niterói ou Petrópolis.
Ele afirma ainda que alguns motéis da cidade estão sendo adaptados para operar como hotéis. "Eles estão tirando a parede roxa e luz negra e se adaptando para receber o público corporativo."
O gerente do hotel Gallant, Adriano Silva, afirma que a mudança não exigiu maiores esforços. "Fomos projetados para funcionar como hotel, nunca tivemos aquele "mobiliário selvagem" de cama redonda", disse. Hoje, o local reúne as duas funções.
O gerente-geral do Diamond, João Alvarenga Neto, afirma que em 2011 o estabelecimento funcionará somente como hotel. Ele está em obras para criar um salão de café da manhã e adaptar os quartos. Hoje clientes diários e rotativos ficam divididos em alas ou andares.
Fonte: Folha.com
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