As empresas de micro e pequeno porte empregam 12,5% dos seus trabalhadores sem registro formal, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Outros 38,5% dos funcionários dessas empresas são autônomos.
O número de informais vem caindo ano a ano, segundo a pesquisa. Em 2008, eles somavam 13,2% e, em 2007, 13,4%.
Ainda segundo o estudo, 10,9% dos empregadores são informais. As grandes empresas têm 5,9% da mão de obra informal, de acordo com o relatório.
Os dados são de 2009 e estão do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, feito em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos). Para a pesquisa da informalidade, o relatório levou em conta informações do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), Ministério do Trabalho, FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e convênios regionais.
Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do Sebrae, apontou a tentativa de sonegar impostos e inadequações da lei como fatores que justificam a informalidade. Santos diz que a meta, para 2010, é formalizar um milhão de empreendedores individuais (que têm faturamento de até R$ 36 mil por ano) e que, até agora, mais de 500 mil passaram para a legalidade.
Os empreendedores individuais são, em geral, cabeleireiros, donos de lan house, manicures, empregadas domésticas, eletricistas.
ENVELHECIMENTO
O levantamento aponta que a participação de pessoas mais velhas no mercado de trabalho aumentou de 2000 para 2008. Trabalhadores formais com mais de 40 anos representavam 15% e passaram a ser 17% do total. Já aqueles com mais de 50 anos, subiram de 7% para 9,7% da mão de obra nacional.
Trabalhadores com até 29 anos tiveram participação reduzida entre 2000 e 2009. O estudo indica que eles representavam 49,8% do mercado de trabalho e passaram para 45%. Segundo o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz, a tendência ao envelhecimento da mão de obra nacional acompanha a curva etária da população brasileira. A fatia dos trabalhadores de 30 a 40 anos ficou estável.
Mais da metade (52%) dos jovens de até 29 anos é empregada no comércio e 40% deles, no setor de serviços. A construção civil é a área com menor atuação de jovens: 32%. 'A construção civil tem que investir em tecnologia para se adaptar à mudança na forma de entrada do mercado de trabalho', avaliou Ganz.
'A elevação da escolaridade traz expectativa de postos de trabalho menos penosos', disse Ganz.
ESCOLARIDADE
Dos ocupados em micro e pequenos negócios, 21% tinha ensino médio completo em 2000. Oito anos depois, a fatia passou para 42%, de acordo com o estudo. Trabalhadores com fundamental completo caíram de 23% para 19%, nesse intervalo. Trabalhadores com superior completo passaram de 3,4% para 4,7% do total.
Serviços é o setor com escolaridade mais alta, aponta o levantamento do Sebrae, que, para essa pesquisa, usou como base dados do Rais (Relação Anual de Informações Sociais) do Ministério do Trabalho.
Fonte: Folha.com
Um comentário:
Olá Sidnei,
Realmente a importância em dar chances para pessoas com idade considerada ultrapassada é super interessante. Tendo em vista que essas pessoas colocadas no mercado de trabalho, onde esse mesmo mercado é preconceituoso, faz seu trabalho com mais força de vontade e trabalha com mais afinco.
seria interessante se, da mesma forma que existem vagas reservadas para deficientes e negros, houvesse também para pessoas de terceira idade, mesmo porque isso elevaria sua qualidade de vida, fazendo-os se sentirem úteis e cooperando para o trabalho de suas mentes.
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