O percentual do álcool anidro que é misturado à gasolina será reduzido de 25% para 20% a partir deste sábado (1º), em uma tentativa de conter uma possível alta do preço da gasolina devido à oferta apertada de etanol no mercado brasileiro.
A decisão foi tomada no dia 29 de agosto, em reunião no Planalto com a presidente Dilma Roussef e os ministros de Minas Energia, Edison Lobão; da Fazenda, Guido Mantega; da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho; e da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
O Brasil, maior produtor mundial de açúcar e também de etanol feito a partir de cana, passa por um momento de escassez na oferta do biocombustível.
Com essa medida, o governo pretende evitar que um aumento ainda maior do etanol anidro com a aproximação do fim da safra eleve muito os preços da gasolina.
Para a Petrobras, a medida terá o efeito indesejado de elevar o consumo de gasolina no mercado doméstico, o que poderá acarretar em aumento das importações do combustível, já que o parque de refino está operando a capacidade plena.
A medida, segundo Lobão, é uma precaução devido à incerteza sobre a futura safra de cana-de-açúcar.
“Temos que garantir o abastecimento olhando para este ano e para o próximo ano. Verificamos que a safra do próximo ano também não será muito melhor que a atual, então, temos que tomar providências desde logo para garantir o presente e o futuro”, afirmou Lobão, na ocasião.
O ministro ainda afirmou, no início de setembro, que a Petrobras deverá importar um pouco mais de gasolina para poder atender à demanda interna.
“A Petrobras já está importando e vai importar um pouquinho mais, não muito. Ela importa e exporta petróleo, da mesma forma que nós exportamos e importamos etanol. Este é um processo permanente de mão dupla”, afirmou.
Fonte: Uol Economia.
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