quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sindicatos reivindicam no Congresso mínimo de R$ 580 e reajuste aos aposentados .

Representantes das centrais sindicais se reuniram com o presidente interino da Câmara dos Deputados, o deputado federal Marco Maia (PT-RS), e com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para apresentar duas propostas para constar no Orçamento de 2011: o reajuste do salário mínimo no valor de R$ 580 e a revisão das aposentadorias daqueles que ganham acima de um salário mínimo.

O valor de R$ 580 “é resultado da aplicação do índice de 5,5% (inflação prevista 2010) sobre o PIB (Produto Interno Bruto) de 7,5% estimado para 2010” – o equivalente a 13% ou R$ 70 do atual salário mínimo, que está em R$ 510.     

Aos aposentados, os sindicalistas querem que haja um reajuste correspondente a 80% do índice utilizado para a correção do salário mínimo ao benefício daqueles que ganham acima de um salário.

No cálculo atual do salário mínimo, o reajuste é feito com base na inflação do ano anterior mais a variação do PIB de dois anos antes.

Como a variação do PIB em 2009 foi negativa, o Ministério do Planejamento propôs oficialmente aumento do mínimo de R$ 510 para R$ 538,13, arredondado para R$ 540, o que corresponde apenas à variação do IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) prevista para este ano, de 5,5%.

Mas os sindicalistas argumentam que é possível chegar a R$ 580. Segundo o pedetista, o reajuste para os aposentados e o novo valor para o mínimo também podem ser discutidos em forma de medidas provisórias se não forem votados junto com o Orçamento de 2011 até 22 de dezembro, quando se encerra o ano legislativo.  

“Acho difícil [o orçamento ser votado até o fim do ano], por isso estamos trabalhando com a ideia de duas MPs. A discussão começou nesta semana no Congresso e continua na semana que vem com a equipe econômica do governo Dilma”, afirmou o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), conhecido como Paulinho da Força.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que esteve na terça-feira (9) no Congresso, reforçou que o tema “aposentados” não seria contemplado na discussão do Orçamento. Questionado como iriam lidar com os aposentados, caso este assunto ficasse de fora das  negociações, Paulinho da Força afirmou: “o governo é igual panela de pressão: só responde sob pressão”.

Fonte: Uol Economia.

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