Gastos maiores com integração de agências e o conservadorismo no provisionamento para perdas fizeram o Itaú Unibanco (ITUB4) reportar um lucro levemente menor do que o esperado no terceiro trimestre, mesmo com a expansão e a melhora de sua carteira de crédito.
O banco informou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de R$ 3,03 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 33,8% em relação ao apurado em igual etapa de 2009.
Em termos recorrentes, o lucro da instituição no período foi de R$ 3,158 bilhões. A previsão média de 11 analistas consultados pela Reuters apontava para um lucro recorrente de R$ 3,3 bilhões no período.
Ainda assim, em números totais a instituição superou os R$ 2,5 bilhões do Bradesco (BBDC4), reportados na semana passada e que foram apontados pela Economatica como o maior lucro já registrado por um banco brasileiro de capital aberto no período de julho a setembro.
No trimestre, a carteira de crédito do Itaú Unibanco, incluindo avais e fianças, era de R$ 313,19 bilhões, uma alta de 16,6% em doze meses. O avanço foi puxado pelo segmento de micro, pequenas e médias empresas, que cresceu 30% no período. A carteira de varejo avançou 15,9% na base anual, para R$ 118,8 bilhões.
O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas com prazo superior a 90 dias, ficou em 4,3%, ante 4,6% no final de junho e dos 5,9% no terceiro trimestre do ano anterior. Foi o menor índice desde o quarto trimestre de 2008.
As despesas com provisões para perdas com crédito alcançaram R$ 4,069 bilhões, montante 5,3% menor em doze meses, porém levemente superior aos R$ 4,02 bilhões do segundo trimestre deste ano. O índice de cobertura de 90 dias subiu de 187% para 196% em três meses.
Além disso, as receitas com serviços somaram R$ 4,45 bilhões no trimestre, 15,5% maiores em um ano. Por outro lado, as despesas não decorrentes de juros do banco subiram a R$ 7,975 bilhões, 15,7% a mais na comparação anual, devido aos gastos com migração e abertura de agências e com ao aumento de salários devido ao dissídio coletivo.
O retorno líquido sobre patrimônio líquido anualizado do banco ficou em 21,6% no trimestre, abaixo dos 23,4% do trimestre anterior, mas acima dos 18,9% de um ano antes. O índice recorrente ficou em 22,5%.
Os ativos totais do banco em 30 de setembro somavam R$ 686,248 bilhões, um avanço anual de 12,06%.
Fonte: Uol Economia.
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