segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dólar tem leve queda, vai a R$ 1,666 e volta a bater mínima em 25 meses.

Apesar de fechar praticamente estável, a cotação do dólar comercial voltou a cair e a registrar o menor valor dos últimos 25 meses. Nesta segunda-feira (11), a moeda teve baixa de 0,06%, a R$ 1,666 na venda.

Esta é a menor cotação do desde o dia 2 de setembro de 2008 (antes da quebra do banco Lehman Brothers, que marca a origem da crise financeira), quando valia R$ 1,663.

No ano, a moeda tem desvalorização de 4,42%.

O Banco Central (BC) voltou a fazer duas operações ao longo do dia na tentativa de evitar uma queda ainda maior da moeda. Na primeira intervenção, o BC comprou moeda a R$ 1,664. Na segunda operação, a taxa de corte foi de R$ 1,666.

O feriado do Columbus Day nos Estados Unidos e o dia de Nossa Senhora Aparecida no Brasil, na terça-feira, determinaram o giro reduzido do dia.

"As commodities estão subindo forte, e isso ajudou na queda do dólar. Voltamos (diminuímos a baixa) um pouquinho, mas apenas por operações pontuais mesmo", disse à Reuters Moacir Marcos Júnior, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil.

Júnior considerou ainda que a possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) adotar mais estímulos econômicos para impulsionar a recuperação econômica dos EUA deve ser um fator adicional para a queda do dólar no curto prazo.

"Você tem toda essa preocupação dos bancos centrais em irrigar a economia, e nesse ambiente fica difícil imaginar o dólar em alta", completou.

No final de semana, líderes financeiros reunidos em Washington discutiram os desequilíbrios envolvendo o câmbio, mas não chegaram a um acordo concreto para resolver diferenças.

Os Estados Unidos, por exemplo, querem que o Fundo Monetário Internacional (FMI) assuma um papel mais assertivo no que se refere às disputas sobre moedas, enquanto a China afirma que tensões cambiais podem ser resolvidas na medida em que o crescimento global ganha força.

O mercado também monitora a postura do governo brasileiro quanto à valorização do real, após o aumento da alíquota de IOF, na semana passada, para investimentos em renda fixa.

"As medidas implementadas nos últimos dias não foram suficientes, pelo menos por enquanto, para interromper a trajetória predominante da taxa de câmbio, ou seja, do viés de valorização do real ante o dólar", avaliaram os economistas da Prosper Corretora, em relatório.

Fonte: Uol Economia.

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