Terceiro maior banco brasileiro, o Bradesco abriu nesta quarta-feira a temporada de resultados financeiros do primeiro semestre do setor bancário com lucro líquido de R$ 4,602 bilhões, já descontando os efeitos extraordinários como venda de participações em empresas e provisões para perdas com planos econômicos.
O resultado é 16,4% maior do que o apurado no primeiro semestre de 2009, período subsequente à crise global em que os bancos brasileiros foram mais seletivos no crédito.
Segundo Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, o crescimento no lucro se deve, basicamente, à recuperação das operações de crédito e a uma menor necessidade de separar recursos para cobrir eventuais perdas com inadimplência.
A carteira de crédito somou R$ 244,788 bilhões, volume 15% maior do que no primeiro semestre de 2009, refletindo o aumento da base de clientes.
Segundo o Bradesco, os empréstimos para pessoa física cresceram 20,7% no período, enquanto os créditos para empresas tiveram aumento de 12%. O destaque ficou para o financiamento de pequenas e médias empresas, que teve expansão de 21,4%.
Trabuco afirmou que a inadimplência recuou para 4%, patamar esperado apenas para o final do ano. "Daqui para a frente, achamos que haverá uma acomodação. Não há espaço para redução de 0,4 ponto todo trimestre", disse.
Com a melhora da economia, desde dezembro o Bradesco tem reduzido o volume de provisões para calote --passou de R$ 8,5 bilhões, em dezembro, para R$ 7,6 bilhões em junho. Apesar da redução, o banco manteve constante um "colchão" de provisão adicional (acima do necessário) de R$ 3 bilhões, para se precaver contra eventuais reversões no cenário. "Não achamos que isso vai acontecer", disse.
De acordo com o banco, o lucro é composto por R$ 3,198 bilhões provenientes das atividades financeiras, correspondendo a 69% do total, e por R$ 1,404 bilhão gerados pelas atividades de seguros, previdência e capitalização, representando 31% do total.
Em 30 de junho de 2010, o valor de mercado do banco era de R$ 87,9 bilhões, ressaltando que as ações preferenciais valorizaram-se 10,3% nos últimos 12 meses. Os ativos totais em junho registraram saldo de R$ 558,100 bilhões, crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2009. O retorno sobre os ativos totais médios foi de 1,7%.
Fonte: Folha Online - Mercado.
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